Normalmente distingue-se o
grafite, de elaboração mais complexa, da simples
pichação, quase sempre considerada como contravenção. No entanto, muitos
graffwriters respeitáveis, como
Osgemeos, autores de importantes trabalhos em várias paredes do mundo - aí incluída a grande fachada da
Tate Modern de
Londres - admitem ter um passado de pichadores(vandalos).
A partir do movimento contracultural de maio de
1968, quando os muros de
Paris foram suporte para inscrições de caráter
poético-político, a prática do grafite generalizou-se pelo mundo, em diferentes contextos, tipos e estilos, que vão do simples rabisco ou de tags repetidas
ad nauseam, como uma espécie de demarcação de território, até grandes murais executados em espaços especialmente designados para tal, ganhando status de verdadeiras obras de arte. Os grafites podem também estar associados a diferentes movimentos e tribos urbanas, como o
hip-hop, e a variados graus de transgressão.
Dentre os graffwriters, talvez o mais célebre seja
Jean-Michel Basquiat, que, no final dos anos
1970, despertou a atenção da imprensa novaiorquina, sobretudo pelas mensagens poéticas que deixava nas paredes dos prédios abandonados de Manhattan. Posteriormente Basquiat ganhou o rótulo de
neo-expressionista e foi reconhecido como um dos mais significativos artistas do final do
século XX.